O caminho da busca e do auto-conhecimento é incerto, incalculável, impreciso... mas também incomparável, inigualável. Caminhando entre picos e vales, vamos tricotando uma malha de alegria, cansaço, plenitude, espera, esperança. Uma malha que ao final nos deixa nus.
Nesta trilha a direção muitas vezes parece nos escapar, um norte fugidio se apresenta e se esconde, vagalumeando por detrás de véus, névoas e nevascas.
A trazer sentido para uma direção que ainda não se fez está o compartilhar da própria trilha. As companhias do caminhar mudam, os instantes são a cada vez diferentes, mas trazem na mochila de viagem a oportunidade da troca.
A troca não encurta distâncias, não asfalta a trilha, mas intensifica a presença, potencializa a vontade... aquela respiração mais longa que nos lembra que estamos esquecendo de respirar.
Este é um espaço para estas trocas.
Corre em mim um rio profundo, que ainda não consegui compreender; ele me percorre, segundos e minutos ininterruptos, corredeira de horas desaguando em cachoeira de dias. Sempre ali. Sempre. É só esperar um pouco o aquietar dos grandes sinos do desejo. Quando mergulho descubro que sempre estive imerso neste rio. Não é ele que está em mim, sou eu que estou nele.
6 comentários:
Oi Marcos,
Belo texto!
Sempre que atualizar, avisa, tá?
Bjs, Mila
oi marcos!!
que legal!
vou passar poa aqui sempre!
Déa
Oi Marcos
Este caminho que você escolheu é um caminho muito bonito. Não fácil. Refletir, buscar, é construí-lo sem se render a sedução da acomodação. Compartilhar exige uma certa coragem. A troca talvez "...não encurta a distância..." mas a torna sem dúvida mais agradável. E eu acredito que o caminho é tão importante quanto o destino.
Abraço
Claudio
Que legal sabermos que teremos este espaço para trocas das nossas descobertas e incertezas! Uma ótima idéia para manter acessa a chama da busca constante. Estarei sempre aqui.
MT,
Grande passo ... lindo ver que você continua na trilha e que podemos continuar a "semear" todos juntos de alguma maneira!!
Bj
Zanni
Os mistérios envolvidos são muitos. Um caminho nos leva a locais montanhosos e para um rio profundo, para novamente nos lavara a uma nascente cristalina no alto da montanha. Fazemos parte de todo este caminho que nos envolve. Compreender o que somos e a que pertencemos, se uma forma, ou várias formas, que mudam, é o que buscamos. Compreender este turbilhão talvez leve à felicidade da calmaria.
Um abraço,
Olavo
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